A sós.


Fico pensando tanta coisa bonita e demasiadamente interessante para escrever, mais nada sai da ponta do lápis (imagine do teclado). 

Sempre termino de escrever ou digitar com uma frase que para o leitor, não há nada que a ligue com o resto inteiro do texto. 

Bom, para mim, faz sempre um sentido maior. 

A cada dia da vida pensamos apenas nas nossas preocupações, será que isso é exagero? 

E se acabarmos pensando no amanhã ficaremos confusos, esperançosos e diremos que vamos mudar a cada dia, não mudando absolutamente (quase) nada. 

É perfeito. 

Eu ainda ouço as mesmas músicas e lembro de quem me faz bem, de quem não me lembra, de quem não me quis bem, e o porquê de tudo, não sei. 

A sós é o que eu penso deitada olhando pra o teto, as luzes do carro que chegou horas a pouco no estacionamento. 

Elas viajam pelo teto do meu quarto, estou só nele, mais nunca só. 
Penso comigo e converso com quem cuida de mim, o cara que briga comigo, está comigo e aparece quando eu chamo, desde criança, Olorum, Deus, Anjo guardião, como você quiser chamar. 

Eu me mudo, ele vem. 
Eu choro, ele abraça. 
Eu abraço, ele foge. 

É loucura, mais ele é a minha consciência mais mulambenta, doce e calma. 

E tem o André. 
Quem é o André? É o nome de uma pelúcia que eu tenho desde meses de vida, mais na verdade ele é meu coração.

Todo mundo diz que a saudade é grande e que erramos. Dizemos que estamos arrependidos e até não voltamos. 

Dizemos que o amor é maior e que a compaixão não é pra isso. 
Dizemos que a calma é mais importante que a paciência (apesar deu discordar plenamente, sim, sou paciente). 

Mais não sei, um dia então, paremos de dizer. 
Acho que a saudade junto com o sentimento de amor, forte, os dois entrelaçados entre si, criam aquela famosa 'Dor no peito' ou no coração, que seja. 

Sempre sinto saudades, de tudo. 

Será que é por isso que sinto um peso enorme aqui dentro? 
E como dizem os meus finais, terminaremos com aquela frase:
“Em algum lugar do tempo nós ainda estamos juntos. Pra sempre, estaremos juntos.”

Até mais.

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