It’s not about the time, it’s about the person.

 

Nos últimos meses eu procurei ressignificar algumas feridas, e me dediquei muito pra que tivesse sucesso nisso. 


Eu tive amores efêmeros, sem perspectivas. 

Mesmo com o coração fechado e protegido com uma muralha muito maior que a da China, eu ainda procurava a “minha pessoa”, em beijos sem química e noites sem carinho. O tesão sempre foi meu dono. 


Parte de mim tinha esperança, pequena, quase imperceptível. Não tinha como negar essa parte, ela sempre teve personalidade e presença. 


Eu acreditava, desacreditando. 


Eu sempre fui uma pessoa emocional, mas sempre agi com o racional. 

Quando me permiti amadurecer e passei pelo processo de me tornar mulher, comecei a ser muito mais racional e deixar meu lado emocional apenas pra mim. 


Processos são difíceis, mudanças são necessárias e coragem é algo que nunca me faltou. 


Eu procurava o amor da minha vida no Tinder, não tenho como julgar ninguém. Aquele cardápio humano. 


E foi no Tinder que encontrei um cara, sem muita conversa, sumiços esporádicos no dia, meu e dele, e pouca credibilidade. 

No dia seguinte do match, saímos, na maior loucura possível. 


Descrença mesmo. 

Não vai dar em nada, como sempre. 

One night stand. One single night. 


Descendo do Uber, eu logo cruzei o olhar com ele, trocamos sorrisos, não demorou nem 2 segundos pra eu sentir que de alguma forma, era meu lar, era minha pessoa. 

Eu estava exatamente onde deveria estar, naquele exato momento, eu só conseguia enxergar seu olhar e seu sorriso naquele bar lotado de gente. 


O Ted, do How I Met Your Mother diz: “Funny how sometimes you just find things.” 

Sabe, essa é minha série favorita, sempre assisto de novo. Concordo com tanta coisa que é falada nela. E me identifico com os personagens. 

O Ted passa a vida inteira procurando o amor da vida dele, nunca desistindo de viver, de amar, tendo sempre seus melhores amigos ao lado dele, se enfiando em ilusões previsíveis e aprendendo com a vida o que pode ser levado pra sempre. 


É engraçado mesmo como você simplesmente encontra as coisas. Quando uma porta se fecha, outra se abre, e a gente nem faz ideia que pode chegar até ela. 


As vezes a gente passa tanto tempo tentando se convencer de que alguém é a pessoa certa pra nossa vida, que esquecemos quem nós somos, e nem faz sentido mais o modo como começamos aquilo. 

As vezes a gente usa tanto o racional que esquece que até no racional a gente tem bom senso, e temos que ter conosco também. 


Nunca temos bom senso conosco. 


As vezes temos que nos perder, pra nos encontrar. 

As vezes temos que ser ausentes pra pessoas importantes, pra estarmos inteiros pra nós mesmos. 

As vezes estamos inteiros e exatamente no lugar que deveríamos estar, é muito raro, mas acontece. E nisso, as vezes, a gente encontra a nossa certeza numa mesa de bar, numa quinta-feira à noite, sem perspectivas. 


Conversamos como se nos conhecêssemos a vida toda. 

Rimos como se a vida fosse a coisa mais linda de todas. 

Demos carinho e amor com olhares sem pedir nada em troca. 

Nossos corações estavam em paz, eu estava em paz. 

Ele não era um estranho, ele era a pessoa que eu tanto busquei na vida. 

Naquele momento, tudo que aconteceu antes fazia todo sentido. 


Ah, e o beijo… Suspeito que saiu luz de todas as cores pra o cosmos do universo. 

O universo inteiro parou, só pra ver a gente se amar, porque dois corações bons que tinham esperança, se encontraram finalmente. 


Foi o melhor date da minha vida. 

Planejamos um romance de 1 mês, já que ele me contou que dali 31 dias estaria embarcando para o outro lado do mundo numa nova jornada de vida e profissional.


Ingênuos… 


No segundo encontro dissemos que a gente se amava. 

E com amor, a gente não pode ir contra. 

E é o amor que eu sempre quis. 


Ele é tudo que eu sonhei e mais.

Ele é meu lar, minha força quando eu não consigo. 

Ele é a luz de qualquer escuridão. 

Ele é foda e completamente capaz, um profissional fora de sério. Irreplaceable. 

Ele é o amor da minha vida toda e além. 

E eu tenho tanto orgulho dele, que nem cabe no peito. 

Um ser humano absurdamente incrível. Forte. Capaz. Muito humano. 


Em 1 mês:

viajamos, 

vivemos, 

saímos pra comer, 

cinema, 

balada, 

hospital, 

bar, 

casa dos pais, 

namoramos, 

discutimos, 

encerramos ciclos, 

fechamos portas, 

noivamos, 

nos despedimos, 

mas é um “até logo”. 

Mas acima de tudo, nos amamos. 


You’re the only exception. 

You’re the sun, moon and stars. 

You’re my galaxy. 

You’re my person. 


It’s not about the time, it’s about the person. 


Always and beyond 🤎


I’m so thankful for this. 

For you. 

For my life. 

My mistakes. 

Because everything I lived before bring me to this moment, to you, and me. To us. 


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