Entender.
Lá naqueles anos que se passaram, ficava imaginando o dia em que não pensara em mais nada.
Ficava pensando no dia em que tudo aquilo iria acabar.
No momento em que iria olhar para fora e ver aquele luar que tanto gostava sem receio de lembrar, sem tentar fechar os olhos e não pensar em mais nada.
Ele levantava todos os dias somente por aquele motivo sem nexo, aquele motivo concreto.
Dizia:-"Levanto só por você. Isto me dá alegria só porque daqui a algumas horas vou te ver."
O tempo passava lentamente e a cada beijo tudo ficava azul.
Não precisavam de mais nada além de um dia, além de uma hora, além de um segundo perto.
O que mais amava era o sorriso, o "tudo vai dar certo" fazia parte do dia-a-dia dela.
E eles dançavam, eles se olhavam, eles brigavam, eles se deixavam, eles se amavam.
Eles se entregaram.
Algo recíproco pela primeira vez era sentido.
Aquela chuva não era passageira.
O cheiro da garoa não era mais tão bom.
O dia nascia e era igual.
Desaprendeu a sorrir de verdade.
Teve medo com toda a vontade.
E os dias não eram mais com aquela bondade.
Passou.
E foi embora, com aquele olhar doce e triste, nas noites em claro.
E entenderam o que era amar.
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