Mulher Selvagem.

 


Eu não atrelo minha mudança à ninguém. 

Muito menos aos meus amores antigos. 


Pelo contrário. 


Eu sou grata aos amores que passaram por mim e deixo ir, com todo meu amor, todos eles. 


A mudança que aqui retrato é só minha, lá de dentro da minha alma, do meu ser. Do meu espírito. 


A gente se mede, se molda, se refaz, pra caber em lugares que não fazemos parte. 

A gente se esquece pra ser o que esperam da gente e que, por consequência, também esperamos involuntariamente. 


Esquecemos da nossa feminilidade, da nossa essência, dos nossos desejos. 

Somos feita de todas aquelas que passaram por nós, antes. 

Devemos valorizar a mulher selvagem que existe dentro de nós. 


E ela é fugaz, sedutora, amável, com um instinto maternal inigualável e pronta pra lutar. 

Ela sabe resolver suas coisas, mas não se importa de pedir ajuda de vez em quando. 

Ela sabe viver sozinha, mas quer a companhia de um abraço quente, numa noite de brisa calma. 

Ela ama e cuida como ninguém, mas ama também ser cuidada. 


A mulher selvagem, instintiva, essa que mora dentro de todas as mulheres. Muitas vezes adormecida, muitas vezes lutando pra sair, muitas vezes despertando pra nunca mais dormir. 


Está tudo bem querer ser amada. 

Está tudo bem somente se amar, sem terceiros. 

Está tudo bem ser quem você é, sem filtros, sem julgamentos. 

Está tudo bem ter dores, desamores, sentimentos de raiva ou de apego. 

Ninguém é perfeito. 


Mulher, você é a imperfeição mais linda que já existiu na face da terra. 

Repita comigo: eu sou amor e luz, eu sou a imperfeição que o mundo tem de melhor, eu sou a mulher selvagem dentro de mim. 


Se cure, mulher! Se de tempo. Se doe, por si. Por inteiro.

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