Serotonina.



Acorda cedo, procura acalmar o turbilhão de pensamentos e sai da cama como quem não sente nada. 

Toma seu antidepressivo pra querer sobreviver. 

Toma seu calmante pra suportar o mundo. 

Se olha no espelho sem se reconhecer. 

Volta pra sua cama no seu mundo sem fundo. 


Sente saudade do amor.


Às vezes quer sentir esperança num espaço que não lhe cabe. 

Às vezes sorri como se fosse quase de verdade. 

Às vezes mente tão bem que acaba acreditando em meias verdades. E quando cai em si, chora, com dor. 


Ela vai e vem. 

Às vezes cresce, as vezes dorme. 

Mais ela nunca vai embora. 

As vezes ela vence, as vezes ela perde. 


Pensa em suicídio, as vezes alto, as vezes silencioso. 

Pensa nas 3 tentativas falhas. 

Sente exaustão. 

Espera a morte vir de encontro, como se fosse uma velha amiga. 


Tenta dormir pra evitar a dor. 

Tem pesadelo com seus medos. 

Se sente fraca, a dor vai dominando. 


Tudo que ela quer é acabar com a dor. 

Ela as vezes é insuportável. 

As vezes é pesada demais. 

As vezes ela afasta as pessoas e te deixa completamente, sozinha. 


Há dias e dias. 

Dias que ela vence, dias que ela perde. 

Há dias que o coração lembra de quem ama, e também da sensação de ser amada. 

Há dias que tudo que se quer é um abraço caloroso. 

Há dias que a gente tem vagas lembranças do que é respirar. 

De como é... Querer viver. 


Você não tá sozinho. 

Você aí, às vezes não queremos abraçar nossa escuridão. 

Tô contigo também. 

A nossa luta diária é mérito nosso, se 

orgulhe. 


Tem dias que nossa batalha é mais longa. 

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